sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A mulher, a menina e o gatinho





Em alguns ônibus é comum se ter pelo menos um assento para idosos, aquele que é único e que fica de frente para todos, lá do lado do cobrador. Num desses bancos estava sentada uma moça aparentando ter uns vinte e cinco anos. Cabelos assanhados. Com sua filha e com um gato dentro de uma caixa de sapato no seu colo que a impedia de ser vaidosa, talvez a vida já a impedisse por si só. Com uma mão ela segurava a menina e com o antebraço agarrava a caixa. Apenas seus pés para equilibra-los quando o ônibus de supetão dava daquelas curvas de esparramar as batatas de uma sacola de feira. A moça oscilava em sorriso e uma cara fechada. Parecia programado. Ela sorria todas as vezes que a menina a olhava nos olhos. Enquanto não se olhavam, seu semblante era sério. A criança tentava colocar a mão pra fora pela janela do ônibus e a mãe puxava de volta. Ela teimosa largava da janela e apertava a calda do gato, a mãe reclamava mais uma vez. A menina dava um sorriso sapeca olhando para os passageiros, se exibindo, e a mãe baixava a cabeça e sorria timidamente.
A mãe, às vezes parecia preocupada com alguma coisa, em alguns momentos a menina brincava com o gato como um brinquedo e a mãe parecia estar bem longe. Como ela não reclamou, a menina deixou o bichano em paz. Tentando mais uma vez chamar a atenção de sua mãe, a menina tenta escorregar por entre seus braços. A mãe a puxa de volta. – Fique quieta! – Ela não faz nenhum som, mas dá pra ler em seus lábios. Ela é tímida e tenta ser discreta. Enquanto mãe e filha dialogam com o olhar, o gatinho tenta fugir da caixa. Ele sobe na borda direita, o ônibus dobra a esquina, ele escorrega e volta a tentar do lado esquerdo. Quando vai conseguindo sair, a mãe puxa-o pra dentro novamente. A menina agora parece ter se acalmado e fica contando moranguinhos estampados em seu pijama enquanto sua mãe fica pensativa e o gatinho descansa na caixa. Quando estou prestes a descer do ônibus, como um presente eu ganho uma imagem linda que não consigo esquecer, e é como se eu pudesse ver quando eu quero. A mãe, a criança e o gato, olham quase que de forma sincronizada para a mesma direção, para o fundo do ônibus, em uma linha quase reta. Os olhos da mãe em cima, os da menina paralelamente abaixo e os do gato caprichosamente na mesma linha. Todos parecem ver um homem que trabalhava na construção de um prédio no centro da cidade, com uma roupa impecavelmente branca, calça e camisa de mangas longas. De diferente, apenas um capacete de obra quebrado na cabeça, e um sorriso que eu mesmo criei na minha mente pra não ficar tão triste e que acabou fazendo parte desse quadro que acabo de pintar, ninguém vê, mais ele está lá pintado. Esse era um homem trabalhador e honesto que vivia pra sustentar sua família. A mulher, a menina e o gatinho. 



Por:  Erik Kleiver

terça-feira, 28 de agosto de 2012

George Méliès - O pai dos efeitos especiais


Méliès nasceu na frança em 8 de dezembro de 1891. No início foi um famoso ilusionista, até que o encontro com o mundo cinematográfico o transformaria em um dos maiores nomes do cinema. Ele produziu mais de 500 filmes e construiu o primeiro estúdio cinematográfico da Europa.  



Seu encontro com o mundo da cinematografia se deu na primeira exibição pública de um filme. Os irmãos Lumiere, considerados como os criadores do cinema, organizaram e fizeram a exibição de algumas imagens no então Grand Café em Paris.  



Louis e Auguste Lumiere

O pai dos Lumiere possuía uma fábrica de filmes fotográficos. Os irmãos construíram uma câmera filmadora e foram registrar o cotidiano, que pra época era algo fantástico. Abaixo veremos dois dos seus principais trabalhos:  




  • Os Lumiere posicionaram a câmera de frente a porta de saída da fábrica e registraram o que vocês podem ver, apenas as pessoas caminhando para fora. Muito simples. Mas pra época era algo surpreendente a possibilidade de registra para sempre uma ação ou movimento.



  • Mais uma vez com a câmera parada eles registraram outra ação. Um trem chegando na ferrovia. A exibição desse filme foi um fato curioso. Todos os acentos da sala onde seriam exibidos os filmes foram ocupados, mas quando a pessoas viram aquele trem se aproximando, naquela grande tela, dizem que não sobrou ninguém, todos saíram correndo achando que o trem era de verdade. Outra história diz que as pessoas apenas gritaram. Acho mais interessante e engraçado acreditar no fato delas terem corrido. Acho mais cinematográfico.





George Méliès foi um dos que presenciaram esse acontecimento do trem. Ele ficou deslumbrado com o que viu e tratou de pedir para que os irmãos Lumiere lhe vendesse uma câmera daquelas. Eles não aceitaram a idéia dizendo que não teria futuro, e que não passaria  apenas de uma coisa que registrava o real e o histórico e que logo ficaria obsoleto e ninguém mais se interessaria.
Méliès não desistiu e criou sua própria câmera. Ele pensava em usar esse equipamento para incrementar suas mágicas. Começou a fazer filmes e foi se aperfeiçoando. Foi o primeiro a usar a trucagem, efeitos como stop-action ou stop-motion, entre outros. Ele também foi precussor na ideia do filme colorido, de forma engenhosa e artesanal ele mesmo pintou alguns dos seus trabalhos.



Imagem do filme, A viagem a lua.



Abaixo indicamos alguns dos seus belos e surpreendentes trabalhos, inclusive o clássico, A viagem a lua:  



























Infelizmente, Méliès faleceu sem o reconhecimento devido. Por decorrência da Primeira Guerra Mundial alguns teatros foram fechados, inclusive o seu. Ele ficou desacreditado e a história diz que suas obras foram vendidas para fábricas de celulóide para fabricação de sapatos para soldados. Revoltado, ele vendeu o resto de suas obras para uma fábrica de esmaltes. George Méliès morreu falido e sem sucesso.


Sugerimos o filme, A invenção de Hugo Cabret, dirigido por Martin Scorsese, que faz uma linda homenagem ao cinematograficamente eterno George Méliès.

Abaixo, o trailer do filme:





Você pode baixar no Filmes Hunter.





Postagem:  Erik Kleiver


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Fim dos tempos


O tempo que corre é o mesmo que para
Para o que quero fazer e para o que eu quero ser.
Não volta o que eu fui e nem pula do precipício.
Ah se ele soubesse que mata!
E se ficasse preso ao vento que movimenta meu corpo e nunca me encontrasse no processo de translação.
O meu pé que ele leva por cima da areia e do asfalto, nunca o toca com a mesma pele. Nunca sou o mesmo.
Cascas e cascos, que viram areia e asfalto para os outros pisarem.
Que um dia irá tampar meu rosto, prender minhas mãos por cima dos olhos, quando meus joelhos atrofiarem sem poder dobrá-los por falta de espaço em minha cama. Mas tudo isso sem medo. O futuro claustrofóbico implacável que não me deixa tranquilo há de me deixar em paz, como um sincero abraço de um amigo.


Por: Erik Kleiver

sábado, 4 de agosto de 2012

Contos mal contados #9


O monstro da parede


- Mãe!  - Grita o menino.

Seus pais se acordam. - o que será dessa vez? - Pergunta  Flávio, seu pai. - Enquanto a mãe se levanta rapidamente, Flávio vai abrindo os olhos sonolentos.
Ela não fala nada e sai correndo para o quarto de Junior. - O que foi meu filho? - Pergunta abrindo a porta com toda força que bate na parede fazendo um barulho que assusta Flávio, que também sai em alvoroço para o quarto de seu filho.

Junior está todo coberto. Dá para vê-lo segurando o lençol com as duas mãos por cima da cabeça e tremendo como nunca. Um dos pés para fora, como se o medo fosse tão grande que ele não tinha coragem de soltar o lençol, ou até de movimentar pelo menos um dedo se quer.
A luz que entra pela porta faz da cama de Junior uma pintura que com certeza poderia se chamar de "medo". - O que é que esse menino tem Luiza? - Pergunta o pai. Luiza se aproxima do filho, sem dá atenção a Flávio. - Filho, o que foi? Diga a sua mãe.- Ela se agacha do lado da cama, põe a mão direita sobre as mãos de Junior por cima do pano, mas ele aperta o lençol com mais força. Só não treme tanto.

- Na parede mãe - Ele fala como se tivesse visto um demônio.

- O que?

- Na parede...

 Ela e Flávio procuram nas paredes. - Aonde Junior? - Fala Luiza.
- Logo ali mãe - Ele fala isso tirando rapidamente o lençol do rosto, de modo que assusta seus pais. Com o dedo e pálpebras trêmulas, um rosto encharcado e com os olhos quase que sangrando, ele aponta para uma parte da parede que está iluminada por um facho de luz que vinha da janela que fica atrás de sua cama. - Ele tá olhando pra mim mãe. -  Junior se cobre de novo e puxa a perna que estava desprotegida.

- Não tem nada lá filho - Ele deixa ela o abraçar, parece que se acalma com a presença de seus pais. Flávio também se aproxima. - Estamos aqui Junior. - Fala ele.

- Ele vai tirando o lençol do rosto lentamente de uma forma que dá pra perceber em detalhes o sofrimento de cada parte de sua face. Sua testa franzida suando, sua sobrancelha descontrolada tremendo toda descompassada com o tremido das pálpebras, os olhos vermelhos, e logo abaixo olheiras muito escuras. Seu nariz expelindo secreções que tocam os lábios e descem também pelas bochechas. Chega até o queixo, já dá pra ver todo rosto. Uma mão de cada lado segurando o lençol.

 Luiza começa a limpá-lo e Flávio fica olhando em pé para a cena.
- Meu filho - Luiza quebra o silencio assustador. -, me diga o que você viu.

 Junior já ia começar a se atormentar mais uma vez - Não precisa ficar assim. Ela interrompe sua reação, - Ele se acalma -, só me diga.

- Mãe, ele tem um rosto horrível mãe. Fecho os olhos, mas lembro dele me olhando como se quisesse me pegar. Sinto ele se aproximando. Tento pensar em outras coisas, na escola amanhã, em Deus, mas ele não me deixa. Fecho e abro os olhos e parece que ele faz o mesmo como se me imitasse.

- Filho - Ela tenta acalma-lo - aquilo é só sujeira na parede, não é nada demais. Coisas da sua cabeça.

- Deve ser esses filmes de terror que tu vive assistindo. - Fala o pai insensível. - Nunca mais vou deixar tu assistir essas coisas no vizinho. - Flávio fala isso e volta para o quarto. - Vou é dormir que amanhã tem trabalho.

- Filho, vá dormir - Ela termina de limpar. Ele se acalma de vez. Está com sono. - ore mais uma vez e durma. Já é madrugada, daqui a pouco você tem que ir à escola.

  Ele meche a cabeça em afirmação - Certo mãe,  me sinto melhor.

- e fecha os olhos, lentos de sono.

- Vou indo filho - Enquanto fala, ajeita seu lençol e o acaricia. - , durma bem.

  Ela sai, fecha a porta. Os últimos a saírem do quarto são seus olhos.

  O quarto volta a ficar escuro, mas Junior já parece está dormindo. A casa agora parece está em paz.

  ...quando de repende se ouve: - Mããããããe ! Mããããe! Mãããe!



Por: Erik Kleiver

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Contos mal contados #8


O canto dos pássaros

De manhã cedo, no auge do canto dos pássaros, o homem acorda para ir ao trabalho, menino toma o café da manhã, a mãe se apronta, leva o filho á escola e também vai trabalhar. E os pássaros cantam.

Os pássaros parecem não cansar. Um percorre toda a extensão fina do fio de eletricidade que liga um poste ao outro, dando pulinho. Depois voa, mergulhando entre as folhas de um oitizeiro. Sai do outro lado com muitos outros pássaros. Fazem uma linda imagem, como se o oitizeiro expelisse com toda força milhares de seres voadores.

Eles voam e alguns pousam em um fio. Uns de frente, outros de costas. Não param de cantar.
De repente a música para. Todos ficam para o mesmo lado e fitam os olhos quase que de forma sincronizada para o ultimo pássaro lá do canto. Todos percebem que apenas ele permanecia calado enquanto todos os outros cantavam.
Eles voltam a cantar novamente, dessa vez mais baixinho, olhando para ele. Esperando pelo menos um ré maior sair do bico  dele. Ele só olha pro rosto dos que cantava, volta a sua posição e permanece em silêncio.

Do seu lado está seu amigo, Tomé. Que pergunta: - O que houve Lucas? Por que permaneces calado?  - Pergunta e olha para os outros , que os despreza e saem voando. – Estás vendo? – Continua Tomé – Isso não é normal.
Não precisa se preocupar – Lucas se vira pra Tomé, torna a virar o rosto, salta do fio, voa em direção ao oitizeiro e mergulha entre as folhas.

Tomé sem entender, o segue.
Eles estão cobertos por folhas, um facho de luz clareia apenas as costas de Lucas, enquanto todo o seu corpo fica escuro.  Tomé se aproxima, toca o seu ombro, mas ele não demonstra nenhuma reação. – O que aconteceu que você não canta mais? – Pergunta com uma voz de compreensão , pronto a ajudar. – Venho percebendo algo estranho em você já faz algum tempo, e essa coisa de você parar de cantar de vez assusta não só a mim mas também os outros, você deve ter percebido. – Tomé aperta o ombro de Lucas e pergunta: - Pode me dizer. Por que paraste de cantar?
Lucas olha nos seus olhos e fala: - Eles não nos ouvem mais Tomé ! – com uma voz desesperançada – Pra que continuarei a cantar se eles nos abafam com o barulho dos carros? Você vê aquele caminhão que passa todos os dias por aqui que além de nos deixar mudos, ainda enchem nossa cara com a poluição?  Está ouvindo esse som alto?  -  Pergunta com um rosto enojado – Que músicas são essas que eles ouvem? Não tenho mais Tomé. Todo o meu esforço agora, acho que não serve mais. Não sinto mais prazer nisso. Me desculpe mas não cantarei mais.






Por: Erik Kleiver

Contos mal contados #7


Sem precisar falar


Fred chega a sua casa muito cansado por mais um dia difícil na empresa onde trabalha. Aquele gerente chato parece complicar e acabar cada vez mais com a vida dele.
Ele abri a porta, com a mente tão cansada que quase chora. Julia escuta a porta se abrindo e vem correndo feliz para os braços de Fred. Ele larga a pasta no chão, folga a gravata e abri um sorriso exausto, mas sincero.
- Pelo menos em minha casa - pensa ele - , eu tenho um pouco de felicidade.
Eles se abraçam e Fred fica a acaricia-la. Ela não percebe, por estarem com os rostos um do lado do outro, mas ele deixa cair uma lágrima. Não tem nem mais forças para segurá-las.
De repente ela larga dele, e sai correndo em direção ao quarto onde ele dorme. Fred baixa a cabeça de joelhos olha pro chão e cai em pranto, como nunca.
Ela sai do quarto lentamente trazendo uma corda, com um rosto como se quisesse dizer: - Por que você faz isso? - Ela se aproxima, e ele toma a corda e fala: - Me abrace – fala isso e puxa ela. Eles se abraçam mais uma vez e ele continua a chorar, sem saber o que dizer. – Está vendo isso? - Ela fica olhando sério pra ele. – Eu só não fiz isso por sua causa, hoje cedo amarrei esta corda em uma madeira do teto... – Quase não consegue falar, fica pausando por causa de tanto choro. – coloquei ela no teto. Já estava tudo quase pronto. Quando te vi dormindo. Eu tenho você, ainda tenho razão para viver. Você ainda é minha felicidade. – Julia parecia está com olhos molhados. –Me perdoe – continua Fred - , não farei mais isso, nem pensarei. Vou cuidar de você. – Eles se abraçam novamente. – Tudo está bem agora. Fred solta mais um leve sorriso, parece está aliviado e seguro de está junto à Julia. – De repente ela late assustando Fred, que dá uma gargalhada. Pega a corda, enquanto Julia fica sentada no chão olhando para ele. Segurando firme aquilo que seria seu fim, ele diz: - Você nunca mais verá isso. – Ela fica olhando pra ele e parece balançar a cabeça em afirmação. Fred vai à cozinha e Julia vai o seguindo. Ele joga a corda no lixeiro da cozinha, pega a ração, põe comida na vasilha de Julia, e ela vai logo à comida, parecia está mesmo com fome. Enquanto ela come, ele, sorrindo, faz carinho nela. Comendo e abanando o rabo.

Por: Erik Kleiver

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Golden Axe = Destroyer o impiedoso.


Provavelmente você já deve ter perdido algumas horas de sua vida jogando videogame ou algum jogo eletrônico, certo? Se não, não se preocupe, quem sabe essa leitura desperte curiosidade para que você busque conhecer um pouco mais sobre esse aparelho culpado pelas notas baixas na escola ou pelo semestre perdido na universidade.

Só para deixar claro, esse post não tem objetivo é direcionado ao videogame em si, apenas um pouco sobre um jogo que faz parte da vida dos desenvolvedores do blog e realmente merece um espaço aqui no woodestruct.

Assim como muitos jovens, eu também tenho essa mania de jogar videogame, passando horas em frente a uma TV tentando zerar um jogo. Para mim é um desafio que se não for cumprido é considerado desonra. Mas apesar disso, não me considero um gamer de fato, apenas um simpatizante que teve a infância marcada por um Super Nintendo (SNES). Por isso não esperem um conteúdo muito aprofundado sobre o game que irei falar. A minha intenção com esse post, além de mostrar um pouco desse meu lado “Nerd” é dar inicio a um futuro projeto do woodestruct voltado para essa área.

Para começar decidi falar sobre o lendário GOLDEN AXE. Sim é um jogo antigo e talvez mal visto pelos gamers atuais, porém, lembro-me de quando conheci o game e fiquei realmente encantado. Os desenhos medievais, os personagens estilo bárbaros, efeitos sonoros bizarros nas vozes dos vilões quando morriam, era definitivamente encatador aos olhos de uma criança de 6 ou 7 anos como eu na época.



Golden Axe foi lançado em 1989 pela SEGA para o mega drive. O jogo se baseia no estilo beat-am up, ou seja, os players andam e batem nos vilões que aparecem no cenário. Mas por trás de toda essa base existe uma história, ao menos o Golden Axe tem história que é muito épica para quem gosta daquele clássico RPG medieval.

O nome “Golden Axe” é por conta de uma mística arma que existe, que proporciona ao seu dono grandes poderes. Essa arma pertence no momento a um vilão chamado Death Adder. Na história, Death Adder era um guerreiro cruel que queria dominar o local, e para isso sequestrou o rei e a rainha, tornando-os prisioneios em seu castelo. Para mostrar que quem mandava agora no território era ele, deu ordens para que seus homens invadissem e destruissem alguns vilarejos. Mas Death Adder não sabia que em meio a esse ato de crueldade, surgiria três guerreiros que lutariam contra toda essa repressão por vingança.
No jogo esses três personagens são os que o jogador pode escolher. Cada um possue características e habilidades diferentes tendo vantagens e desvantagens.

Abaixo segue um breve perfil:

  • Axx Battler: É um guerreiro que aparentemente é totalmente baseado em Conan o Barbaro. Usa uma cueca azul e botas de mesma cor, cabelos medianos que lhe caem nos ombros e uma postura de líder durão. Axx Battler está nessa jornada na intenção de vingar sua mãe, que foi morta pelos capangas de Death Adder.
    Como personagem ele tem habilidades medianas. Possue uma agilidade de ataque média, velocidade e uso de mágia equilibrados. Para mim é o mais fraco dos três, muitas vezes pela falta de habilidade ele é atrapalhado em meio ao combo e acaba tomando mais porrada. A magia de Axx vem da terra, ele invoca algumas pedras e larva do chão que atinge os inimigos.

  • Gillius Thunderhead: É um velho anão que mostra sabedoria e habilidade. Tem uma longa barba, usa um capacete com chifres e uma roupa verde, bem típico dos bravos Vinkings. Em mãos carrega um grande machado. Gillius busca Death Adder para vingar a morte do irmão.
    A habilidade de Gillius está em sua grande capacidade de luta, sua velocidade e precisão nos golpes que podem matar o inimigo com facilidade. Porém a desvantagem está na magia. Não tem um bom suporte para lançar magias poderosas, tornando-o um jogador pancadaria mesmo. A magia de Gillius é baseada em raios que atingem seus inimigos causando-lhe danos.

  •  Tyris Flare: Uma amazona corajosa e semi-nua que está nessa jornada contra Death              Adder para vingar a morte de seu pai e sua mãe, que foram mortos em uma invasão dos capangas de Death Adder. Sendo assim é a que possui a mais triste história e a que guarda mais rancor dentre os três personagens. Tyris possuem a menor habilidade em lutar, utilizando uma espada curta ela ataca seus inimigos com certa rapidez, porém seu dano é fraco. A vantagem dela está na mágia, possuindo o maior estoque, podendo matar todos os inimigos com apenas uma magia lançada, dependendo de sua potência. As magias de Tyris são baseadas no fogo, também são as mais bonitas, principalmente a mais poderosa, onde um dragão aparece na tela e destrói todos os inimigos ali presentes.
A imagem é só uma representação mesmo, não são eles no jogo.




Uma boa dupla para zerar com mais facilidade o jogo é Tyrys e o barbudo Gillius.


Apresentado os mocinhos, agora vem o temido Death Adder:
O ultimo cenário é dentro de seu enorme castelo. Ele está no ultimo compartimento e você o enfrenta contra seus capangas esqueletos (que são os mais chatos e dificeis capangas do jogo). Como já dito, Death Adder quer dominar o reino e mostrar quem manda! Utilizando para isso o Golden Axe, sua poderosa arma. Ele usa uma mascara roxa com chifres, que mete medo em qualquer um. Uma sunga roxa, combinando com a mascara, botas e o machadão cruel, apilidado por mim e Erik Kleiver (nosso cartoonista) de Destroyer o impiedoso, pela grande dificuldade que é destruir esse BOSS.

As habilidades do ultimo chefão são ultras, tem golpes únicos que se ti acertarem ti levará ao chão e logo depois uma magia poderosa lançada por Adder tirará mais 1 traço de vida. Além de seus capangas esqueletos que não morrem! Se acabar seus continues... Só lamento, terá que começar tudo de novo, desde o primeiro cenário.

O jogo é realmente hardcore, mas muito divertido. Os cenários são simples e meios loucos. Existem buracos sem sentidos e pontes inesperadas. Mas as músicas são cativantes, a cada cenário elas penetram em sua cabeça e ti fazem murmurá-las enquanto joga.

Abaixo segue a versão metal do tema musical do game.



Considero um jogo dificil, principalmente nos dias de hoje, que ao meu ver os jogos priorizam muito mais a história do que a dificuldade. Será um grande desafio para os gamers atuais finalizarem um jogo estilo Golden Axe. Talvez não tenham paciência ou habilidade suficiente para chegarem até o fim como eu e Erik. Passamos uma tarde toda na jornada contra o Death Adder, mas conseguimos derrotá-lo. No ultimo traço de vida, com zero “continues”, Tyris acertou uma voadora no vilão que o levou ao chão. Salvamos assim o rei e a rainha e todos do vilarejo!


Em breve postaremos mais informações sobre jogos que fizeram e fazem parte de nossa história. Também vamos adicionar informações sobre jogos atuais, pesquisas e entrevistas serão feitas com vocês leitores, para saber qual jogo mais jogado e porque.

Woodestruct agradece a atenção e até o próximo post!

Nada contra nada heim...



Essa do Mukeka di rato é uma resenha!   

Será que ele é glam?


O estilo glam no rock, no geral, é caracterizado pelo visual andrógino. Predomina a diversidade de cores, lantejoulas, maquiagem feminina, salto alto, etc. O Glam Rock começou a ser difundido em meados dos anos 70 na Inglaterra. Musicalmente, o Glam Metal se diferencia do Glam Rock pelo som mais pesado, sendo uma vertente mais próxima do Heavy Metal. Hoje esse estilo de musica é chamado de "sleaze". Bandas desse gênero são conhecidas pela sua abordagem lírica muitas vezes romântica, mas também destacando o hedonismo, sexo, mulheres, drogas e fama. Como bandas que fizeram nome nesse estilo, podemos destacar, T-Rex, Sweet, David Bowie, New York Dolls, Led Zeppelin, Alice Cooper, Kiss, Bon Jovi, Motley Crue, Poison, Ciderella, e muitas outras. Até no meio cristão surgiram bandas desse tipo, a Banda Stryper talvez seja o maior nome.No Brasil tivemos bandas como, Secos e Molhados, Rita lee e Tutti-Frutti, e também Casa das máquinas, que postaremos na sequ6encia de vídeos abaixo.




Essa é a banda Ciderella que citamos no texto. Daquelas bem, bem, bem...glam.  




Abaixo, um clássico do Stryper. Muito bom.




E pra quem não sabe, AC/DC teve seu tempo bem "glanzinho", quando o vocalista ainda era o Dave Evans.


Essa é a Casa das máquinas. Sem comentários.




E pra não perder o costume, vai ai um cartoon sobre o assunto.



quinta-feira, 28 de junho de 2012

Max und Moritz


Max e Mortz são personagens criados por Wilhelm Busch, poeta, pintor e caricaturista alemão, que viveu de 1832 à 1908. Eles são personagens de um livro que é considerado como o precursor da história em quadrinhos. Aqui no Brasil, a obra foi traduzida por Olavo Bilac e tomou o nome de Juca e Chico – História de dois meninos em sete travessuras. São moleques traquinas, que infernizam os moradores da vila onde moram. Mas em um momento eles são pegos e os moradores se vingam.




Max e Moritz (Juca e Chico) em desenho de Busch


Auto-retrato de W. Busch


Abaixo temos um video extraído do Youtube.
É uma animação feita em stop motion, dirigido por Fernando Diehl.



sábado, 23 de junho de 2012

CHOLOFOMPILA AVOADA #3




                                                      Massa é o forró que vovô gosta !
                                                    


quarta-feira, 20 de junho de 2012

III Fenix Force


Ocorreu nesse sábado, 16 de junho, o III Fenix Force.  O evento é produzido por Dickson  Stalschus  , que com a Ichthus produções vêm fortalecendo o setor cultural de Campina Grande. Dessa vez o show aconteceu no Pub 10, e contou com a presença das bandas Fragmentos  de um conflito e Athar, de nossa cidade, e NG7 e 5º advertência de João Pessoa. Produções como essa vem dando um novo fôlego à cena do underground, mais especificamente, ao underground cristão.
Com o intuito de abrir espaço para bandas que normalmente não possuem essa facilidade de expor sua arte, ou de promover suas ideias, evento como esse é realizado visando dar oportunidade para que a música que se ouvi por debaixo dos panos da mídia, também seja valorizada. Seja  ela feita com temática religiosa ou não. 



Esperando o início do show









 Dickson iniciando o show com a banda NG7





 Banda 5º advertência



Banda Fragmentos de um conflito





Banda Athar







Dickson e Edy(Athar)

Diskcon , Edy e Yuri(Athar)



Fragmentos de um conflito

Produção


terça-feira, 19 de junho de 2012

CHOLOFOMPILA AVOADA #2

Uma homenagem ao Virgulino Ferreira, o lampião. Criticado por uns e admirirado por outros. Sinônimo de bravura, instinto, raiva, revolta, força, luta, resistência...sinônimo de nordestino.




Abaixo, indicamos filmes relacionados ao Cangaço. Cada um retratando a história de um ângulo diferente, ou até de forma engraçada, como no filme "O cangaceiro trapalhão". E ainda, o raro registro feito pelo jornalista libanês Benjamin Abrahão, que mostra o cotidiano do bando do mais famoso dos cangaceiros.










terça-feira, 29 de maio de 2012

CHOLOFOMPILA AVOADA #1

Começamos com uma homenagem ao velho Chico Science, o eterno Mangueboy !
Nascido em Olinda PE, Chico foi um dos fundadores e o maior nome do Manguebeat, estilo musical que misturava côco, carimbó,rock, funk, tudo isso com aquele maracatu de uma tonelada nos ouvidos dos que estão surdos. Mangue do caranguejo, do homem que sai da lama ao caos, e tranquilo toma aquela cerveja antes do almoço e fica pensando melhor, assim como Zapata, Sandino, Zumbi, Antônio Conselheiro, os Panteras Negras e Lampião. 

...a essas horas deve tá tirando uma onda lá no paraíso.










segunda-feira, 14 de maio de 2012

Contos mal contados #6

Instinto de rua
Por: Erik Kleiver

Estou bêbado, e nem me lembro de onde vim. Disseram-me que um homem de branco que vinha cantando na rua, me deu alguma coisa e eu bebi. Por isso estou assim. Está muito escuro. As luzes dos postes me fazem ver sombras de lobos. As pessoas em alvoroço entram em suas casas, e fecham as janelas. Devem ser lobos ferozes mesmo, mas nem sinto medo. Continuo a caminhar, cambaleando nessa rua sem fim, aquela luz fica cada vez mais longe. Tenho aquela sensação de que alguém me observa desde sempre. Nessa árvore os morcegos ficam me olhando, só vejo seus olhos, são morcegos. Do outro lado vejo um cachorro que começa a me seguir, vem se aproximando até que fica andando ao meu lado. Num silêncio mórbido, de repente aquele cão late de forma assustadora. Em um movimento instintivo pulo com os dentes em seu pescoço e como um animal estraçalho o miserável. E eu não lembro mais de nada. Apenas de seu sabor.

Contos mal contados #5

A morte prematura
Por: Juliana Carla S. Carvalho

2142, quinta feira, dia 22 de fevereiro. 23:55.

Era uma estrada de terra seca e árvores retorcidas que pareciam dançar ao som arrepiante do vento. As sombras das árvores produzidas pela lua, eram como se desejassem arrancar os espíritos dos viajantes com suas garras, para o mais profundo abismo da escuridão.
Nessas estradas de terra, rumo à Campina, fazia tanto frio como Fernanda nunca tinha sentindo antes. Sentiu um calafrio como se a morte estivesse por perto e acabado de tocá-la.
Na mesma hora pediu para que Anderson parasse. Estavam de viajem por dois dias. Começou a sentir febre e a suar frio. O esposo se preocupou, afinal, Fernanda estava no quinto mês de gestação.
Na estrada não passava ninguém e o frio apertava cada vez mais. Um pouco mais adiante avista uma luminosidade. Anderson fez o velho cavalo puxar a carroça novamente, desta vez, bem mais rápido para conseguir chegar até a porta do que parecia uma casinha de pau a pique. Já passavam de 00:05 da noite quando ele bate e grita por ajuda, mas Fernanda desmaia antes que alguém possa responder.

O sol já estava alto no céu, tão quente quanto ao meio dia. Um velho com seu chapéu de palha que escondia o seu rosto, montava em um asno. Tinha a pele castigada pelo sol, mas já estava velho demais para se preocupar com isso. Não olhava para os lados, já estava acostumado com a paisagem seca e com as poucas árvores retorcidas que ainda suportam o clima e as chuvas ácidas. Ele parecia que não havia lugar nenhum para ir, apenas seguia calmamente com seu velho asno que a muito lhe servia.
A viagem estava tranquila, até o animal de repente parar. O velho finalmente olha para frente, deixando que o sol iluminasse o seu rosto. Ele avistava uma carroça, abandonada no meio da estrada de terra. Franziu os cenhos e bateu levemente as pernas na barriga do asno, para que ele se aproximasse. Pôde ver um homem jovem, caído ao lado da carroça, mas o curioso era ele estar com um dos punhos fechados, tocando em uma árvore, como se fosse bater nela.
O velho desce do animal e se aproxima do homem que estava de bruços no chão. Toca no ombro, mas o homem nada responde, então faz certa força para virá-lo. E o que vê, é um rosto coberto de larvas que passavam livremente por sua boca, nariz e olhos. Mas em sua mão, estava uma aldraba.